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    sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
    Thinking back....
    Tanto tempo perdido a ter medo....
    Tanto tempo desperdiçado a chorar pensando no actual presente, que em tempos foi um dos possíveis futuros....
    Pensando no receio desta altura chegar....e chegou...e ter chorado, tê-la temido tanto antes dela chegar...e quê?...
    Fez de alguma maneira com que ela não chegasse?
    Não! E é um não bem redondo! 
    (Na verdade provavelmente ajudou a que acontecesse....)
    Fez de alguma maneira com que fosse menos doloroso?
    Tão-pouco! E mais uma vez, bem redondo!
    Lição? O medo é uma perda de tempo!
    Entenda-se por "medo" o receio constrangedor, o receio incapacitante....
    Não aquele que serve para nos protegermos racionalmente e equilibradamente...
    Mas sim aquele que nos torna fracos, aquele que nos priva de desfrutar das coisas boas da vida, aquele que pressiona..
    Aquele que tem como consequência não a coragem ou a cautela mas sim a paralisia...
    Esse medo que nasce no peito e na alma e acaba roendo-nos, corroendo-nos...até ao fundo das entranhas....
    Esse medo é um empecilho à felicidade..ao tão famoso e tão verdadeiro lema "Carpe Diem"!
    Estar-se num presente, num momento espontâneo e agradável, e querer ter mãos suficientes para controlar o futuro, segurar o presente e ainda de alguma forma mudar um passado...é simplesmente impossível!
    Seriam precisas três mãos.
    No entanto, o ser humano não é dotado de três mãos, mas sim de duas!
    E cada vez me convenço mais de que essas duas mãos foram destinadas ao mesmo....segurar o presente enquanto ele está ou é alcançável.
    O futuro não importa...o que é futuro agora, em tempos tornar-se-á num presente e aí teremos a oportunidade de o tentar segurar também...
    Não prendê-lo, ou pará-lo...mas sim deixá-lo pousar nas nossas mãos, contempla-lo, apreciá-lo....
    Não há nada pior do que olhar para trás e aperceber-se de tudo aquilo que se deixou passar, por medo...
    É uma sensação extremamente desagradável...e é quase palpável o desconforto que se associa a tal sensação, tal sentimento.
    .....
    "Contigo aprendi uma grande lição.." já cantava o Rui Veloso.
    Cada situação a sua música...
    ....
    Aprendi sim....
    E não receio mais o futuro. Anseio por ele. Esperando, porém, pacientemente por...
    Pela altura em que tiver um presente colorido, fascinante, agradável, lindo pousado nas minhas mãos e olhá-lo-ei com ternura a cada segundo, cada fracção de segundo...
    E não pensando no porquê daquelas cores ou daquela beleza, não pensando no porquê de tal sorte nas minhas mãos, mas sim vivendo essas mesmas cores, impregnando-me de cada uma delas....vivendo essa mesma sorte....
    Olhando-a de frente, e não olhando para o céu já receando vê-la voar, escapando-me....
    A vida, a felicidade não se seguram, não se prendem, não se "controlam"....VIVEM-SE!
    Tenho para minha satisfação e consolo a certeza de que olhei, observei, e impregnei-me de cada cor....estão todas gravadas, como uma tatuagem na retina dos meus olhos.
    Mas enquanto o fazia, estava também a segurar -ou a tentar segurar- com quantas forças tinha, roída, corroída pelo medo...
    O medo....o "papão" da minha vida, dos meus pesadelos....
    Fui feliz, muito além de qualquer possível expectativa.
    Tenho isso para meu consolo....
    Agora venha o futuro...
    Estou de mãos e braços abertos, e assim o ficarão....porque assim é que é suposto ser.

    Terminarei com este excerto com o qual me cruzei por acaso...ou coincidência....noutro blog.
    E uma foto/imagem fantástica.

    "As borboletas...

    ....poucas são as que facilmente se deixam apanhar, não que se importem de serem admiradas, mas temem pela sua liberdade, por aquela mão que as agarre sem lhes dar o verdadeiro valor.
     O seu desejo seria talvez que as apanhassem e as largassem, para que sempre que lhes apetecesse elas pudessem voltar. 
    Até que o homem compreenda que para se amar é também preciso libertar a nossa fonte de amor, a borboleta vai continuar a voar. 
    O amor é também uma questão de fé. 
    Aquele que conseguir amar e ter fé nesse amor, não prendendo poderá ser um tolo, mas um que aprendeu o mais importante."



    Boa noite...ou bom dia.
    8h17

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