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  • A mulher da minha vida...

    domingo, 27 de dezembro de 2009
    "Eu estou aqui...não vou fugir...", diz-me ela...por vezes com imenso carinho e verdadeira intenção de me convencer, outras já irritada por tanta insegurança minha...
    Duvido imensas vezes, é verdade...mas penso que a minha presença ainda nesta relação é a prova de que acredito mais vezes do que duvido, e só assim pode funcionar.

    Ela diz que sou paciente, e também diz que sou impaciente. E sou...as duas coisas. Sou paciente em relação às ausências dela, e impaciente em relação a pequenas coisas...esperar por uma mensagem, por uma resposta, etc...
    Mas tenho de dizer...também ela é paciente...paciente em relação as todas as minhas paranóias, desabafos, dúvidas...vai ouvindo, aguentando, por vezes com mais calma, outras vezes com uns puxões de orelha e chamadas de atenção.

    Gostaria de pensar que se fossemos um casal aos olhos das pessoas, pensariam que somos um casal bonito e "ideal"...no entanto sei que não somos. Somos tão diferentes em tantas coisas...talvez principalmente na nossa forma de encarar a vida...nas nossas prioridades...

    Eu olho muito para trás, para aquilo que foi, que não foi, etc.. E olho muito para a frente, como uma forma de me tentar sossegar, de ficar mais descansada e segura. Ela olha para o agora...simplesmente. Para aquilo que é e pode ser agora, pois o amanhã não o sabemos. E não, o amanhã não o sabemos. No entanto, eu quero sempre saber se amanhã ainda me quererá, se amanhã ainda cá estará.

    Peço-a em casamento dia sim dia sim...e ela vai fazendo uns "hum hum", ou perguntando se pode pensar mais uns tempos...e eu vou esperando. Sei que esse "mais uns tempos" é completamente indefinido e que talvez até nunca chegue a transformar-se num sim. Também sei que se eu fizesse um pedido "verdadeiro" e "oficial", ela acabaria por dar-me uma resposta...mas para quê? Basta-me saber que ao pedir mais uns tempos, é a sua forma de não dizer sim, mas também de não dizer não...e isso para mim, já é algo positivo.

    Ela já me demonstrou que se eu souber esperar, ela também me surpreende quando menos espero e me dá bastante do muito que tem para dar.

    Digo-lhe "amo-te" vezes sem conta...e aí também, muitas vezes responde só com um "hum hum.." ou um acenar de cabeça...outras vezes retribui. Algumas vezes reclamo, outras calo, outras suspiro, outras ainda sorrio de orelha a orelha... Sei que não é uma palavra fácil para ela...sei que tem receio de se abrir demasiado, sei que a vida lhe ensinou algumas coisas dolorosas. Por vezes revoltam-me essas coisas, outras vezes comovem-me e fazem-me amá-la mais ainda.

    Por vezes fica distante...tão distante. Por vezes, nessas alturas, não sei ver os pequenos sinais que ela tenta transmitir-me... Nessas alturas duvido e volto atrás no tempo. Nessas alturas tento ser forte e confiante, tento aprender a ser um pouco mais como ela. Nessas alturas não sou bem a pessoa que ela precisaria que eu fosse, mas vou aprendendo e o tempo que passa vai-me tornando mais confiante. O tempo que vai passando e as perguntas que vou fazendo...as promessas que lhe tento arrancar.

    Por vezes aborreço-me...outras vezes derreto-me... Talvez seja o que se passa com ela também...
    Por vezes pergunto-me se alguma vez saberei fazê-la verdadeiramente feliz...e as respostas que calo de cada vez chegam a assustar-me em certas e determinadas alturas...

    Chegada esta altura do ano, é-me impossível não olhar para trás...onde eu andava há um ano atrás, como eu andava há um atrás...e principalmente "sem ela andava" há um atrás... Por vezes olhar para trás é assustador, mas outras vezes deixa-me uma sensação tão doce. É bom demais saber que me fez tanta falta e que tanto a quis de volta...e que a tenho novamente nos meus braços tantas vezes. É bom demais sentir o seu cheiro, aqui junto a mim, a minha cara aninhada no seu pescoço....e não numa peça de roupa há muito cá esquecida...

    Por vezes, o seu cheiro ainda me dá um aperto no coração...ainda relembra alturas em que trazia sempre perto de mim um lenço esquecido por ela...a única coisa que ainda permanecia cá com uma essência sua...mantendo-o sempre pertinho de mim, como uma forma de a ter ainda de alguma forma por perto..
    É-me impossível não olhar para trás e relembrar essas alturas...pois sou agora feliz por relembrar no quanto  o desejei, no quanto A desejei, no quanto eu desesperei...tendo-a agora de novo na minha vida, a fazer-me sorrir, rir, a comover-me...a...tanta coisa....

    "Eu estou aqui...não vou fugir"...diz-me ela por vezes...continuo a duvidar ocasionalmente. Mas mais que tudo, são as palavras que mais tento relembrar quando fica distante, inacessível....

    Eu também estou aqui, e estou para ficar....a mulher da minha vida, é ela...e não preciso de provas nem raciocínios para saber isso. É ela...simplesmente...

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